quarta-feira, 1 de novembro de 2017
Essa história, é fatos reais, para não expor as pessoas envolvidas, vamos colocar nomes fictícios, para melhor segurança de todos e não expor a vida das pessoas. Quem me contou é de extrema confiança e afirma a veracidade da história.
"Eu senti vontade de contar, por que sempre que penso no que passei e só de relembrar disso tudo chega a ser uma dor insuportável, toda vez que tento me relacionar, parece que algo me lembra quem eu sou, e por que não devo me aproximar de ninguém. Hoje estou conformada em abandonar minha vida amorosa e desistir de tudo aquilo que envolve o amor, muitas vezes pensei em até suicídio para acabar de vez com essa dor, unica coisa que me faz continuar aqui, é o extremo medo da vida após a morte, e as consequências com Deus que isso pode me trazer, já não basta meus pecados diários, cometer o suicidio so seria algo pra encrementar e piorar a situação, ao prestar as contas com Deus.
Sempre fui muito crédula com Ele, e sei como ele se sentiria ver alguém acabar com a própria vida, a vida que Ele deu. Mas isso não significa que esses pensamentos me vem a cabeça o tempo todo, tem dias que acordo e penso "hoje vai ser o dia que tudo isso vai terminar" mas no fim o dia sempre acaba, antes mesmo de conseguir fazer alguma coisa, talvez seja pra ser assim, algumas pessoas felizes com suas vidas perfeitas, e outras pra ser desta forma, como vivo agora, sem amigos, fria, vazia, sem amores e nunca ter se sentido amada e nem respeitada.
Entrei em depressão devido a muitas tentativas fracassadas e meia de amar e ser amada, no caso aqui em vez de amar e ser amada, aprendi amar e ser largada, desprezada senti o que é o odio e ate onde el pode ir, ate onde uma pessoa é capaz para ferir a outra...
Nunca fui uma pessoa muito feliz na vida, sempre me mantive escondida, presa em meu mundinho, me isolava das pessoas ao meu redor, para que ninguém falasse comigo, era como se fosse uma alto defesa, agora do que exatamente eu não sei .
Aprendi a ser comunicativa depois da confiança que fui ganhando comigo mesmo, então deixei de ser, escondida para ser agressiva, e vi que sendo agressiva conseguia mais atenção do que sendo timida, amuada.
E com essa nova personalidade parece que as coisas dão um pouco de mudança.
Meu primeiro namorado, o primeiro tudo, homem na minha vida, primeiro beijo primeira pessoa com quem poderia chamar de namorado. Era alias é um cara de uma beleza exuberante, quase não acreidto ate hoje por que ele me deu atenção e por que namoramos por um bom tempo.
Como não tinha experiencia, do que era o amor, eu fui vivendo o que ele me ensinava, e acreditava que talvez fosse daquela forma. Afinal o que uma menina de 13 anos sabe do que é amor?
Ele era extremamente grosso, com respostas curtas e totalmente sem paciencia, como a vida toda eu também fui da mesma forma.
Mal sabia eu que aquilo não era nada normal, e sim uma agressão verbal, tudo começou com pequenos ataques de ciumes, desde roupas, a pessoas, lugares e coisas que ele não gostava que eu ia fazia ou me vestia, na verdade parecia que eu era toda torta e ele estava de prontidão para me concertar, eu não sabia se era daquela maneira mesmo, eu não sabia se eu realmente estava errada, se eu realmente era muito imatura para aquele compromisso.
Bom hoje eu vejo o quanto eu era imatura para aquela situação. Com o tempo ate mesmo na escola ele me fazia me sentir cada vez mais pior, eu queria agrada lo, mas nunca sabia como. Se eu começasse a falar com ele com palavras carinhosas eu "Da para parar com essa melação?". E eu imediatamente parava, eu ia abraçar e ele discretamente tirava minhas mãos do seu pescoço, ou dele, dizia que estava calor, ou irritado ou simplesmente falava "agora não", então eu ficava pensando quando é que os casais se abraçam ou se beijam? Tudo eu tinha que pedir informar ou se não levava um esporro daqueles.
- Posso te abraçar?
- Pra que?
- Me da um beijo?
- De novo? Você não acha que esta muito carente não?
- Mas nem nos beijamos hoje.
E era assim que vivia com o relacionamento com meu primeiro namorado, até que tudo começou a piorar e me vi em um relacionamento com a pior pessoa do mundo.
As grosserias agora, não eram só palavras eram gritos ameaçadores, que me causavam choros súbitos no mesmo instante, aquilo me causava tanto medo que não sei explicar.
Em casa eu tinha meu pai brigando com minha mãe e impondo regras o dia todo, um irmão agressivo então os homens da minha vida na minha adolescência, eram agressivos, achei que era normal, que todo homem era daquela forma, e então engolia, engolia por vários motivos, por que gostava dele, engolia por que seu tom era ameaçador quando dizia que ia me afastar dele, e quando conseguia me afastar, ele era outro me tratava como nunca jamais tinha me tratado, era outra pessoa romântica e carinhosa, o que eu nunca tinha, então gostava e com carência me apegava novamente.
Até que as grosserias tiveram seus outros passos apontar dedos na cara e segurar meu braço com toda a força que ele podia, já era explosivo incontrolável, isso me assustava, ao ponto de chegar em casa e pensar o dia inteiro sobre o ataque agressivo dele, e dormir de tanto chorar.
Meus pais? Bom eu era uma menina de 13 para 14 anos namorando um rapaz de 18 anos o que poderia dizer a eles? O que eles iam me dizer? Eu não sabia o que falar com eles, eles não queria de jeito nenhum que eu namorasse, naquela época era bem comum apanhar por desobedecer os pais, hoje é crime bullyng e sei la mais o que. Então aguentei firme achei que era apenas uma fase.
Eu estudava de manha e todo os dias ao meio dia exatos ele me esperava na porta da escola para garantir de que eu não ficaria com ninguém. Eu achava aquilo fofo, mas com o tempo eu mudei de ideia e vi como ele não confiava em mim, não adiantava falar, eu sempre estava na mira dele.
As coisas so foram piorando conforme o tempo foi passando, ele se envolveu com droga e agressão verbal dele estava ficando cada vez mais perigosa.
Um dia estava voltando com ele de um passeio no shopping e como a gente namorava escondido, ele nunca me deixava na porta da minha casa, era sempre em uma esquina ou esquinas antes, e nesse dia lembro como ele ficou irritado, por eu cumprimentar um colega de escola, o que era sorrisos em seu rosto virou um rosto frio e furioso.
Eu não me lembro bem o que ele tinha derrubado no chão, sei que achei engraçado a tentativa fracassada dele tentar pegar no ar, bom foi ai que eu descobri quem era verdadeiramente ele, como ele poderia ser violento.
Meu colega de escola havia passado de novo, bem na hora que ele estava agachado no chão juntando o que sobrou do que ele derrubou e eu voltei a cumprimentar a pessoa uma vez que ele deu um grito de longe meu nome, e eu retribui.
Quando ele se levantou do chão ele estava vermelho, com olhos e sobrancelhas franzidas me assustou muito eu sabia que vinha gritos estrondosos, mas ao invez disso ele vira as costas da mão e me acerta com toda a força que ele pode no meu rosto, me fazendo cair no chão ralando joelho e mãos, eu nunca havia levado um tapa de homem ate aquele dia, nem mesmo do meu pai foi extremamente chocante e doloroso, meu coração se partiu eu não conseguia acreditar que homem que eu amava era aquele horror. Eu so tinha 15 anos quando ele me bateu, quinze anos, o que eu sabia da vida?
Eu me lembro que me levantei do chão e sai correndo pra minha casa, com minha cara pegando fogo a marca da mão dele estava no meu rosto.
Eu morava proximo a uma praça e tive que passei pela praça com as pessoas me olhando, tive que me sentar na praça recuperar o folego e dar outro tapa na outra bochecha para fingir que estava corada, lembro que cheguei em casa com sorte ninguem notou, corri para minha cama e chorei ate pegar no sono novamente.
Passei quatro meses sem o ver, achei que tinha acabado de vez, fiquei arrasada como ele tinha terminado comigo, e ate hoje me pergunto por que, pra que aquele tapa tão violento em uma menina de 15 anos.
Eu não entendia de leis naquela epoca, mas se eu soubesse, entenderia que se eu desse parte dele para a policia, por ele ser maior de idade e eu ser menor, ele poderia ser preso, ainda não existia lei maria da penha, e se ela existia eu não me recordo.
Depois de quatro meses ele apareceu na porta da escola chorando, pedindo pra voltar faltava poucas semanas para meu aniversario e ele havia me falado que não poderia ficar longe idiota na epoca que eu era, acreditei nele.
Passamos 5 meses sem ele gritar, sem ser tão grosso, as grosserias as friezas ainda existiam, mas nao era como antes e como eu não tinha bases do que era ou não levava desta forma.
Cinco meses foram o suficiente para ele mudar de ideia e logo mostrar que o tapa que ele me deu era apenas o inicio de muitos tapas na cara sem motivo.
Tenho vergonha de falar sobre esse assunto, não é algo facil de contar, as pessoas não entende por que deixamos, por que foi permitido tudo isso, é bem dificil de falar, apenas acontece e como toda mulher iludida eu acreditava nas palavras dele.
Então veio o segundo tapa seguido de puxão de cabelo, e alguns murros na minhas costas o que a deixou bem rocha. Ele na epoca tinha comprado um tempra carro bem chique na epoca, e fomos dar uma volta, eu era muito inocente de muita coisa não tinha muita malicia, acreditava que as pessoas poderiam ser boas.
Me lembro que a gente estava no estacionamento de supermercado, e eu ainda era virgem e ele insistiu para que tivessemos relação ali mesmo no estacionamento do supermercado, eu disse que não gritando e então eu arrenhei a cara dele e o pescoço, novamente aquele cara se transformou e virou um monstro terrivel e me deu um tabefe maior que o primeiro, bati minha orelha naquela parte do cinto, me lembro disso por que fiquei com zumbido no ouvido por dias, ao ponto de colocar a mão no ouvido e sair um pouco de sangue.
Com medo dele e não conseguindo sair do carro vi que ele havia levantado a mão novamente e simplesmente me curvei no banco e fiquei ali ouvido ele me chamar de vagabunda, quem eu pensava que eu era, e quem estava me comendo para rejeitar em transar com ele, entre outras coisas bem pior que não da pra falar, e os murros de mão fechada na minhas costas começaram. Eu imaginei que iria morrer aquele dia, fiquei ali apanhando ate que acabasse logo, mas estranhamente ele parou ligou o carro e começou a dirigir sem se quer falar um palavra.
Eu parei de chorar por que estava assustada demais para entender o que estava acontecendo.
- Pra onde você vai me levar?
E o silencio pairava no carro, eu novamente perguntei e nada, então ele ligou o radio colocou naqueles rocks bem barulhentos e nem mesmo olhava pra mim, o meu medo so passou quando percebi que ele estava me levando pra casa. Demos a volta no quarteirao e la ele parou novamente, e me encarou, eu com medo tentei me proteger, e ele pegou no meu pescoço ao ponto de não ter mais ar e falou:
- Você é minha e de mais ninguém se você tentar me largar eu faço muito pior que eu fiz hoje no carro! E se tentar ir na delegacia, lembre se que eu saio e vou atras de você e te mato. Sai do carro!
Com essas palavras me urinei toda e fui embora chorando, disse aos meus pais que tinha sido mordida por um cachorro e acabei fazendo xixi nas calças por medo, eles sabiam que morria de medo de cachorro então ninguem questionou.
Acordei no dia seguinte para ir para escola e estava com marcas horriveis nos braços e pescoço o canto do meu olho estava inchado, precisava esconder tudo aquilo e então vou para a escola de blusa com blusa de manga cumprida e gola longa, esperava que ninguem percebesse quando me visse.
Ja estava indo muito mal na escola, nao conseguia me controlar, eu não sabia mas estava dando os primeiros sinais a depressão.
Teve um dia que estive na escola e pensei com todas as minhas forças em sumir e ir embora pra algum lugar, que ninguem me visse mais, mas nunca tive essa coragem.
Aos 16 anos perdi minha virgindade, confesso que foi a coisa mais dolorosa e violenta que uma mulher pode ter tido a experiencia em passar, me senti estuprada, chorei tanto, meu sonho era que fosse algo romantico que fosse algo que me lembrasse com carinho, ao inves disso choro sempre que me lembro da minha primeira vez, fiquei meses com infecção sem conseguir sentar direito, era uma dor insuportavel, ninguem soube não pude contar a ninguem chorava noite e dia, queria sair daquilo queria ajuda e não pude fazer nada eu gritava por dentro e ninguem mesmo poderia fazer nada.
Aprendi a controlar meus sentimentos desde ai, aprendi ser fria e engolir com muito rancor tudo aquilo que me magoava. E ate hoje sou assim... Aprendi que sozinha também sou forte.
Posso descrever como perdi minha virgindade o que me aconteceu, mas deixo para outra postagem.
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